#9FeliS EM FOCO - Diário da Feira do Livro 2015


Vila Tulipa será relançado aqui!
A terça-feira raia com eletrizantes novidades para os senhores leitores. Meu livro Vila Tulipa, já disponível no estande do Sebo no Chão, ganha a partir de hoje mais um espaço de distribuição na 9ª Feira do Livro de São Luís: o estande Casa do Autor Maranhense, no espaço de livreiros. O exemplar custa R$ 20.

E tem mais: sexta-feira (09/10) às 18h, estarei no estande Casa do Autor Maranhense relançando o livro e batendo um papo animado com os leitores que estiverem interessados em conhecer Paulo, Tatiana e toda a turminha da Vila Tulipa. Apareçam!

Prosseguindo com dicas para aproveitar a #9FeliS, confira abaixo três destaques interessantes da programação de hoje:

15h: Espetáculo "O mundo imaginário de Juju Carrapeta", com o Grupo TeatroDança no Teatro FeliS (Teatro do Odylo);

18h30: Café Literário “O nobre deputado e a reforma política”com Marlon Reis (DF) e Marcus Saldanha mediados por Hélio Ricardo. (Odylo);

20h: Palestra “As cidades como inspiração literária”com o escritor João Gilberto Noll (RS) sob mediação de Geraldo Iensen no Teatro João do Vale.

A seguir, confira no diário da #9FeliS como foi o Café Literário com Karina Buhr e Celso Borges ontem a noite (05/10) no Centro de Criatividade Odylo Costa, Filho. 

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#9FeliS - 05.OUT.2015 (Segunda-feira)

Devido aos compromissos de trabalho, durante semana não dá para passar o dia inteiro flanando pela #FeliS como no sábado e no domingo, mas quando cai a noite e o expediente termina, atravesso a rua (tenho a sorte de trabalhar no mesmo bairro em que a feira do livro é realizada) rumo às atividades noturnas na feira (cafés, palestras, intervenções poéticas), que funciona até as 22h. (Isso mesmo, não tem desculpa, sai do trabalho e #VemPraFeliS!)


Poesia e canção popular em conversa
Ontem (05/10), acompanhei o Café Literário das 18h30 com Karina Buhr (PE) e Celso Borges falando sobre o tema "Poesia e Canção Popular no Brasil" sob mediação do jornalista Pedro Sobrinho. O poeta Fausto Nilo (CE), previsto para participar da mesa, não pode estar presente na ocasião. 


Poeta maranhense Celso Borges
Celso Borges deu início a conversa revisitando a música popular das décadas de 1970 e 1980 no Maranhão. Comentou as obras dos compositores Chico Maranhão, César Teixeira, Sérgio Habibe e Josias Sobrinho contextualizando com o cenário regional de produção musical. Falou sobre a experiência do Laborarte e de como a cidade era na década de 70.

Provocativo, Borges exaltou a obra de César Teixeira com o seguinte comentário: "Nada que a Academia de Letras produziu é tão importante quanto a obra de César Teixeira". 

Em seguida comentou sobre a diferença entre letra de música e poesia, considerando que a musicalidade da primeira fica mais rica com a melodia. 

Na oportunidade, Celso Borges aproveitou ainda para render uma homenagem ao rádio, veículo responsável por formar sua percepção de música popular. 


A artista baiana Karina Buhr
Em seguida, foi a vez da multiartista Karina Buhr falar ao público. Com seu irresistível sotaque nordestino (Karina é baiana, mas se mudou na infância para Pernambuco, onde ingressou na música), a cantora, compositora, atriz e percussionista falou sobre o início de seu envolvimento com as artes nos maracatus de baque solto no começo dos anos 90 em Recife e sobre a aproximação com a poesia do repente e a musicalidade de instrumentos como o pandeiro e a viola. Karina citou Mestre Ambrósio e Siba como artistas que mantém a poesia do maracatu rural diante da diminuição de manifestações do gênero com a urbanização das cidades. 

Em seguida, compartilhou o processo de escrita e criação de seu primeiro livro de poemas intitulado Desperdiçando Rima (ROCCO, 2015), transformando a leitura dos poemas em um breve sarau ao cantá-los acompanhada de um pandeiro. "O que você escreve vai pro ritmo da música que você faz. Nem sei mais ler esse poema se não for com música. Depois que botou música lascou!", comentou em tom descontraído. 

É que após publicar o livro, a artista ressignificou seu conteúdo e acabou musicando os poemas. "Tinha um disco na cabeça que acabou virando outro por causa do livro", contou. 


Karina Buhr canta poema musicado
E quando o assunto se voltou para os cantores que Karina Buhr ouvia na rádio, a artista não pode deixar de citar Alceu Valença e Ednardo. Já quanto aos autores que a menina Karina lia com afinco, Clarice Lispector foi o primeiro nome que lhe veio. Foram lembrados ainda Patativa do Assaré, Cecília Meireles, Euclides da Cunha, cordéis e muitos romances policiais da famosa Coleção Vagalume.

Já próximo do final do Café Literário, Buhr comentou sobre a transição da percussão para o vocal, quando se viu cantora porque gostava de cantar também. Explicou que não chegou a obter uma formação musical em canto e que sequer se considera cantora. Nesse sentido criticou que em alguns casos a voz seja mais avaliada do que o conteúdo de uma apresentação. E demonstrou incômodo com o fato de a encerrarem em um "balaio de cantoras", porque se sente instigada a desenvolver várias atividades nas artes e não só exercer um papel. "Desenho, escrevo, toco, faço tudo ao mesmo tempo", declarou resumindo em poucas e modestas palavras seu amplo leque de atividades. 

Comentários

Renata Teixeira disse…
O Talita! Cheguei até aqui pela doçura de um comentário num post antigo do blog do Edu (Cartas de Tantas Léguas), um post onde ele conta de um senhor que o pediu ajuda para dar um nó numa gravata. Eu leio tudo com atraso, tudo velho. À medida que o tempo vai aparecendo eu vou lendo e ainda deixando rastros do meu atraso :-(
Não conhecia a FeliS, mas conheço um pouquinho da arte da Karina Buhr - conheci através de uma colega de trabalho que é de Recife. Gostei muito do seu post e não poderia deixar de parabenizá-la! Muito gostoso de ler, muito gostoso conhecer mais sobre a cultura do nosso país. Beijos!
Olá, Renata! Que alegria recebê-la por aqui! O Edu é um amigo querido que alimenta blogs muito bonitos. Que bom que um comentário meu antigo te trouxe até aqui. Isso é muito legal.
Então, a FeliS está rolando essa semana e estou realmente em maratona literária, indo todos os dias em todos os intervalos possíveis. Este ano estou concentrada em trazer pro blog um diário da minha participação nesse evento tão legal do calendário cultural local.
Logo mais publico o texto sobre ontem (06/10), cujo destaque foi uma palestra onírica promovida pelo conterrâneo de Edu, João Gilberto Noll.
Continue conosco que vem mais FeliS por aí! ;)
Abraço grande!

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